A cidade de Amsterdam, mais conhecida pelos seus lindos canais e por suas famosas bicicletas que dão um ritmo único e frenético, também recebe uma feira de arte contemporânea no terminal de passageiros onde chegam os navios de cruzeiros pelo rio IJ, umas das mais belas paisagens dessa região.
Foto: Roberta Chies. Terminal de Passageiros Amsterdam, onde os grandes navios de cruzeiros chegam à cidade nos meses de verão. Março, 2022.
Logo com a chegada da primavera, em um dia ensolarado, Amsterdam estava mais bela ainda, pois a First Art Fair 2022 atracou no Porto de Amsterdam para apresentar renomadas obras de arte e artistas em sua terceira edição. A First Art Fair é a única feira em que galeristas e artistas independentes expõem juntos os seus trabalhos.
Entre esculturas, vidros, fotografias, pinturas e joias, foram mais de 25 galerias e 75 artistas holandeses e internacionais reunidos para apresentarem os seus trabalhos. Com o tema Chique e Tentador com uma Piscadela, a feira organizou diversos Talks, chamado de Artist Talks, para todos que tivessem o interesse em compreender e se aprofundar mais sobre a arte.
Quando se acessa a entrada da feira, no andar superior ao hall de chegada, você aproveita para ter uma visão completa nos andares superiores do evento como um todo. É gratificante estar ali, onde todos estão em prol da beleza, da arte, do perceber e, também, do sentir o que cada obra ou artista contemporâneo expressou em seu trabalho.
Para nós, analistas de tendências, uma das ferramentas que usamos para analisar e observar o ambiente é o olhar, no sentido de enxergar, contemplar, sentir e perceber o que aquela obra transmite. Nesse caso, enfocamos nosso olhar no ambiente, na sociedade ou, como se trata de contemporaneidade, no que aquele artista se referiu ou quis expressar, em qual o cenário real ou imaginário ele estava inserido.
Também analisamos a Galeria, porque escolheu e optou pelas peças que estão expostas na feira. Ou seja, diante de tantas perguntas que fazemos, o mais importante é, realmente, estar presente e vivenciar cada obra ou momento que se tornou mais atencioso pelo seu olhar.
A seguir, segue uma seleção das obras desse dia, assim como uma visita nos corredores para entender um pouco desta cultura local que apresenta a arte em um universo global.
Foto: Roberta Chies. Arte de Paul Brouns – “Celestial Vision”.
Aqui uma exposição de Mira Rio, de uma arte feita única e manual para cada quadro com elementos vindos da natureza. São diferentes tipos de conchas do mar do Norte Holandês.
Os campos de Tulipas, pintado pelo artista Leo Van den Ende, que refletem a vida holandesa e suas flores, refletindo a identidade ímpar do país.
Foto: Roberta Chies. Tela com Título “Slootje noordwijkkerhout…”.
Como prática e cultura holandesa, as ostras são servidas em sua forma in natura nos corredores da exposição, em que a arte e a culinária dão um tempero especial no dia.
Foto: Roberta Chies. As ostras agradaram muito o público.
Asesculturas H20 Waterbag, de Dylan Martinez (USA), de forma realista, mas estática, aproximam-nos de um toque de delicadeza, graça e de pura ilusão.
O dançar das bailarinas, de Joan Artigas Planas – em Bronze e Metal – expostas através da Galeria Astrid Cornelisse (https://www.galerieastridcornelisse.nl/en/).
Já na Galeria Royal Sandre Bels (https://www.royalsandrebels.nl/), a escultura notória da feira, em um grande momento de muitas incertezas, Make Love, not War, de Jelle Hoekstra.
Foto: Roberta Chies. Amsterdam, First Art Fair, 2022. Detalhes da Escultura feita de bonecos de plástico.
A série Corona Series de Phillipa Van Loon, a curadora de arte que refletiu, sentiu e criou sua arte.
Foto: Roberta Chies. Amsterdam, First Art Fair, 2022.
Além dessas apresentadas aqui, ao passear pelos corredores da feira, havia outras peças de arte, mas o meu olhar, em especial, captou as aqui relatadas.
Foto: Roberta Chies. Amsterdam, First Art Fair, 2022.
Deixo aqui uma frase de Paul Klee: “A Arte não reproduz o que vemos, ela nos faz ver.”
Um grande abraço e até logo!
